De acordo com o Decreto nº 8.901/2016, publicada no Diário Oficial da União em 11.11.2016, Seção I, páginas 03 a 17, O Ministério da Saúde e o Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV e das Hepatites Virais passaram a considerar a nomenclatura IST para designar as infecções sexualmente transmissíveis.
Essa medida se deu devido a definição das palavras doença e infecção – enquanto que a sigla antiga apontava para “doenças”, dentro da interpretação médica o termo não mais se aplica pois indica “sintomas e sinais visíveis no organismo”.
A palavra infecção pode se “referir a períodos sem provocar sintomas ou ainda ficar por toda a vida sem que o indivíduo apresente algo assintomático, sendo preciso realizar exames laboratoriais para identificar. Sendo assim, o termo IST é mais adequado e já é utilizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS)” – Simone Ribeiro.
IST – definição e sintomas
As IST são causadas por vírus, bactérias e outros micro-organismos. De forma resumida e de acordo com o Ministério da Saúde, “elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. De maneira menos comum, as IST também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas”.
Consideradas um problema de saúde pública, as IST estão entre as infecções que mais afetam a saúde e a qualidade de vida da população mundial. Devido à infertilidade e complicações na gravidez e no parto, as mulheres e, consequentemente, as crianças são as mais afetadas pelas infecções.
“Com base nos dados de prevalência de 2009 a 2016, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou o total de casos incidentes de IST curáveis em 376,4 milhões, entre os quais 127,2 milhões de casos de clamídia, 86,9 milhões de casos de gonorreia, 156,0 milhões de casos de tricomoníase e 6,3 milhões de casos de sífilis”. Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde – Out.202.
Uma das principais formas de detecção é a observação durante a higiene pessoal – mesmo que as IST sejam causadas por mais de 30 agentes etiológicos diferentes, elas aparecem, principalmente, nos órgãos genitais com corrimentos, feridas e verrugas anogenitais. As infecções podem se manifestar também nas mãos, língua e olhos.
Corrimentos
Aparecem no pênis, vagina ou ânus.
Podem ser esbranquiçados, esverdeados ou amarelados, dependendo da IST.
Podem ter cheiro forte e/ou causar coceira.
Provocam dor ao urinar ou durante a relação sexual.
Nas mulheres, quando é pouco, o corrimento só é visto em exames ginecológicos.
Podem se manifestar principalmente na gonorreia, clamídia e tricomoníase.
Feridas
Aparecem nos órgãos genitais ou em qualquer parte do corpo, com ou sem dor.
Os tipos de feridas são muito variadas e podem se apresentar como vesículas, úlceras e manchas, entre outros.
Podem ser manifestações da sífilis, herpes genital, cancróide (cancro mole), donovanose e linfogranuloma venéreo.
Verrugas anogenitais
São causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV) e podem aparecer em forma de couve-flor, quando a infecção está em estágio avançado.
Em geral, não doem, mas pode ocorrer irritação ou coceira.
Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
É outra forma de manifestação clínica das IST.
Decorre, principalmente, de gonorreia e clamídia não tratadas.
Atinge os órgãos genitais internos da mulher (útero, trompas e ovários), causando inflamações.
Principais IST no Brasil
De acordo com a Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis, existem 13 IST mais frequentes no país. Dentre elas, destacamos a Sífilis e o HPV nesse texto, já que ambas apresentam altos índices de transmissão.
Sífilis – causada pela bactéria Treponema pallidum, ela pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, ou ser transmitida para a criança durante a gestação ou parto.
Sífilis primária
Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 e 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias e é chamada de “cancro duro”.
Normalmente, ela não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.
Essa ferida desaparece sozinha, independentemente de tratamento.
Sífilis secundária
Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial.
Podem surgir manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias.
Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça, ínguas pelo corpo.
As manchas desaparecem em algumas semanas, independentemente de tratamento, trazendo a falsa impressão de cura.
Sífilis latente – fase assintomática
Não aparecem sinais ou sintomas. É dividida em: latente recente (até um ano de infecção) e latente tardia (mais de um ano de infecção).
A duração dessa fase é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.
Sífilis terciária
Pode surgir entre 1 e 40 anos após o início da infecção.
Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
Condiloma acuminado (Papilomavírus Humano – HPV) – é um vírus que infecta a pele ou mucosas das pessoas, provocando verrugas anogenitais e dependendo do subtipo pode evoluir para câncer. A transmissão do HPV se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada e a principal forma de transmissão é pela via sexual. Também pode haver transmissão durante o parto. Como muitas pessoas infectadas pelo HPV não apresentam sinais ou sintomas, elas não sabem que têm o vírus, mas podem transmiti-lo.
Lesões clínicas – apresentam-se como verrugas na região genital e no ânus (popularmente conhecidas como “crista de galo”, “figueira” ou “cavalo de crista”). Podem ser únicas ou múltiplas, de tamanho variável, achatadas ou papulosas (elevadas e sólidas). Em geral, são assintomáticas, mas pode haver coceira no local. Essas verrugas, normalmente, são causadas por tipos de HPV não cancerígenos.
Lesões subclínicas (não visíveis ao olho nu) – podem ser encontradas nos mesmos locais das lesões clínicas e não apresentam sinais/sintomas. As lesões subclínicas podem ser causadas por tipos de HPV de baixo e de alto risco para o desenvolvimento de câncer.
Podem acometer vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis, bolsa escrotal e/ou região pubiana. Menos frequentemente, podem estar presentes em áreas extragenitais, como conjuntivas e mucosas nasal, oral e laríngea.
Exames para detecção de IST
Os testes moleculares são ideais para um diagnóstico rápido e preciso, possibilitando um tratamento mais adequado, afinal, com eles é possível detectar vários tipos de vírus, bactérias e demais microrganismos que causam doenças como a trombose, câncer e complicações durante e após o parto.
Diferenciais do Laboratório de Apoio BASE CIENTÍFICA
Especializado em biologia molecular, o laboratório BASE CIENTÍFICA está situado em Sorocaba – SP. Atendendo todo o estado paulista e as demais capitais brasileiras com um sistema de logística desenvolvido especialmente para garantir a segurança e a preservação das amostras.
Com ensaios e equipamentos reconhecidos pelas principais autoridades de saúde mundiais, o laboratório conta com uma equipe altamente qualificada, realização de diagnósticos com precisão e agilidade, além de garantir a entrega rápida dos resultados.
Com o compromisso de tornar os testes moleculares acessíveis para toda a população, o laboratório se compromete com a inovação, o desenvolvimento e a alta qualidade do serviço prestado, tornando assim uma excelente fonte de confiabilidade e respeito.
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